Prefeito Luis Henrique participa de
encontro na FAMURS
“Os problemas estão sufocando as
administrações. Precisamos dar visibilidade à crise junto à população para
buscarmos soluções eficazes em instancias maiores”. A afirmação é do presidente
da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), César Roberto Brito,
prefeito de Pedro Osório, durante a reunião de ontem (11) promovida pela
entidade na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do
Sul (Famurs), em Porto Alegre.
O formato inovador da reunião de
trabalho descentralizada para garantir mais amplitude aos pleitos foi positiva,
com a participação da maioria dos 23 prefeitos associados e presenças de
representantes de deputados estaduais, gestores de pastas do Governo do Estado
e do presidente da Famurs, Valdir Andres. A audiência com o governador Tarso
Genro, marcada para o final do dia foi transferida em função de atrasos na
agenda.
De Porto Alegre, os prefeitos estão
voltando à região na expectativa de um encaminhamento eficaz às questões que
envolvem a grave situação de crise dos municípios geradas, principalmente, pelo
desequilíbrio do pacto federativo, desonerações
de impostos, que penalizam Estados e Municípios, com implicações sérias no desempenho
orçamentário e reflexos diretos no aumento dos limites com os Gastos de
Pessoal, em decorrência da diminuição das Receitas Líquidas. “A imposição de novos encargos para os
Municípios, que resultam em aumento das despesas municipais, sem que haja uma
compensação nas receitas municipais, como é o caso dos gastos com a manutenção
dos Conselhos Tutelares e, ainda, da manutenção da Educação Infantil”,
sustentou o presidente César Brito.
O presidente também chamou a atenção para a
constante ameaça por que estão passando os Municípios, em função dos projetos
em tramitação no Congresso Nacional, cujas propostas vão impactar os orçamentos
municipais, como é o caso do reajuste do Magistério e piso para os Agentes de
Saúde.
No que diz respeito às demandas judiciais que
impedem a autonomia dos prefeitos, os gestores falaram sobre a judicialização
da Saúde pública, assunto amplamente debatido por influência da Famurs com o
Ministério Público, Tribunal de Contas e Procuradoria Geral do Estado, cuja
situação é motivo de preocupação constante.
Após ouvir os relatos dos prefeitos da Azonasul,
Andres afirmou que a maioria das prefeituras gaúchas está atravessando os
mesmos problemas e que a Famurs está ciente de que precisa cobrar do Governo
Federal políticas que corrijam as distorções. “ Caso contrário, os prefeitos
passarão a ser meros gerentes, responsáveis apenas pelo pagamento de folhas e
serviços prestados à comunidade, pois, os recursos para investimentos em
infraestrutura e obras de melhorias não existem mais”, defendeu.
A Famurs também deverá levar as reivindicações da
Azonasul à Marcha dos Prefeitos Gaúchos, que será realizada dia 30 de outubro,
em Porto Alegre, quando os pleitos municipalistas deverão ecoar no Congresso
Nacional e no Palácio do Planalto.
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