Município tem posse provisória do antigo prédio
da Câmara
De acordo com o
procurador do município, Alessandrini Ardizzone, o município foi notificado da
decisão há poucos dias e a ação ainda está em andamento. No entanto, a
Secretaria de Planejamento já elabora projeto para intervenções iniciais no
prédio, como a retirada de uma figueira que ameaça a estrutura do prédio
histórico. Outra medida emergencial, após a retirada da árvore, que terá o
acompanhamento de um biólogo, será a recomposição do telhado. As obras foram
recomendadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Estado
(Iphae), que considerou a importância histórica do imóvel como patrimônio
estadual.
Na decisão, o juiz
explica que se trata de ação de desapropriação ajuizada pelo município de
Arroio Grande contra a sucessão de Julieta Ferreira Echenique, sucessão de
Paulo Jesus Aguiar Ferreira e Gladimir Martins Bastos, com pedido de imissão
provisória da posse. O imóvel objeto da ação foi declarado de utilidade
pública, conforme decreto municipal 333, de 19 de novembro de 2009.
O juiz determinou
ainda o depósito da quantia ofertada para a expedição do mandado de imissão da
posse, sob regime de urgência, devido ao estado de conservação do bem. O
procurador disse que o valor depositado, entre R$ 20 e R$ 30 mil, é o que
consta na Secretaria de Finanças, para fins de cálculo do IPTU e que está
sujeito a reavaliações.
O prédio
O prédio
A casa que possuía funções executivas
é considerado também, como o primeiro prédio da administração municipal. O
imóvel, localizado na esquina das ruas Herculano de Freitas e Doutor Monteiro,
bem no centro da cidade, está há algum tempo em via de desabar.
A construção do
século 19, se tornou o símbolo do Grupo Defensores do Patrimônio Histórico e
Cultural de Arroio Grande, criado a partir da rede social Facebook e que busca
resgatar e preservar o patrimônio histórico e cultural do município. Foi ainda
local de nascimento de Herculano de Freitas, outra figura ilustre do município
e que se destacou no cenário nacional como jurista, deputado, senador, ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF), diretor da Faculdade de Direito de São
Paulo, entre outros cargos.
Trata-se de uma
construção simples e pequena, com aproximadamente 114 metros, mas com grande
significado histórico, dizem os defensores e, por isso, solicitaram ao prefeito
a desapropriação do prédio, que era objeto de disputa judicial entre os
herdeiros. Fechado desde 2003, ao longo dos anos teve uso sempre como prédio
público e serviu de sede para um cartório e a promotoria pública entre outros.
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