Páginas

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DESTAQUE JORNAL MERIDIONAL

O preço da falta de planejamento

Caminhões continuam destruindo e causando transtornos nas ruas da cidade



            A cena registrada na terça-feira, 19, já virou rotina na Avenida Nossa Senhora da Graça: bitrens carregados com madeira trafegando diariamente até transformar a via pública num atoleiro. Inclusive, onde havia calçamento agora é chão batido.
         A exploração da silvicultura no município foi propaganda anteriormente como uma oportunidade de nova fonte econômica. Houve, inclusive, quem garantisse que Arroio Grande e região sairiam da pobreza com a instalação de fábricas de celulose na ‘esquecida metade sul do estado’.  Tudo não passou de mais um golpe político de oportunistas que ludibriaram o cidadão e conseguiram (na época) alcançar o objetivo de se manter no PODER.
         Os campos da zona alta, antes explorados pela agropecuária, mudaram a paisagem no interior do município. O plantio de eucalipto e acácia cresceu e a produção da madeira precisou ser extraída. Estradas do interior e acesso às propriedades plantadas sofrem as consequências com o excesso de peso transportado pelos bitrens que trafegam diariamente.
         As transportadoras alegam que foi firmado acordo com o município, ainda na Administração anterior, onde as empresas teriam fornecido material e contratado caminhões caçamba para o preparo da perimetral que serviria de ligação na área urbana entre a ERS 602 e a BR116, em Arroio Grande. Fazendo o contorno norte da cidade – margeando os bairros Silvina Gonçalves, Branco Araújo, BGV e São Gabriel até a BR 116.
        
Mas, na prática, o único trecho da referida perimetral margeia o Parque Guilhermino Dutra até a Avenida da Saudade. Portanto, a perimetral só poderá ser acessada após a ERS 602 com os bitrens passando por dentro da cidade – bairro Silvina Gonçalves ou Avenida Nossa Senhora da Graça.
          O Decreto Municipal 233/2013 determina a proibição de trânsito de veículos conjugados – bitrem e rodotrem, no perímetro urbano do município.
         As autoridades estão mobilizadas para o cumprimento da lei. Inclusive, estão sendo providenciadas a colocação de placas proibitivas na ERS 602 indicando o trajeto que deve ser utilizados pelos caminhões carregados com a madeira.
           OBS:. A obra do contorno norte da cidade tem um custo elevado e só poderá ser executada com recursos das outras esferas governamentais. O atual Governo Municipal protocolou projeto solicitando verbas para a importante obra de mobilidade urbana, mas ainda não obteve nenhuma resposta.

         Uma medida emergencial, mesmo tendo que buscar parcerias ou recursos extras, seria a ligação da perimetral até a ERS 602, desapropriando áreas particulares às margens do bairro Silvina Gonçalves.  (Reportagem da última edição do jornal MERIDIONAL).

Nenhum comentário:

Postar um comentário