O preço da falta de planejamento
Caminhões continuam destruindo e causando transtornos nas ruas da cidade
A
cena registrada na terça-feira, 19, já virou rotina na Avenida Nossa Senhora da
Graça: bitrens carregados com madeira trafegando diariamente até transformar a
via pública num atoleiro. Inclusive, onde havia calçamento agora é chão batido.
A exploração da silvicultura no município foi propaganda
anteriormente como uma oportunidade de nova fonte econômica. Houve, inclusive,
quem garantisse que Arroio Grande e região sairiam da pobreza com a instalação
de fábricas de celulose na ‘esquecida metade sul do estado’. Tudo não passou de mais um golpe político de
oportunistas que ludibriaram o cidadão e conseguiram (na época) alcançar o
objetivo de se manter no PODER.
Os campos da zona alta, antes explorados pela agropecuária,
mudaram a paisagem no interior do município. O plantio de eucalipto e acácia
cresceu e a produção da madeira precisou ser extraída. Estradas do interior e
acesso às propriedades plantadas sofrem as consequências com o excesso de peso
transportado pelos bitrens que trafegam diariamente.
As transportadoras alegam que foi firmado acordo com o
município, ainda na Administração anterior, onde as empresas teriam fornecido
material e contratado caminhões caçamba para o preparo da perimetral que
serviria de ligação na área urbana entre a ERS 602 e a BR116, em Arroio Grande.
Fazendo o contorno norte da cidade – margeando os bairros Silvina Gonçalves,
Branco Araújo, BGV e São Gabriel até a BR 116.
Mas, na prática, o único trecho da referida perimetral
margeia o Parque Guilhermino Dutra até a Avenida da Saudade. Portanto, a
perimetral só poderá ser acessada após a ERS 602 com os bitrens passando por
dentro da cidade – bairro Silvina Gonçalves ou Avenida Nossa Senhora da Graça.
O Decreto Municipal
233/2013 determina a proibição de trânsito de veículos conjugados – bitrem e
rodotrem, no perímetro urbano do município.
As autoridades estão mobilizadas para o cumprimento da lei.
Inclusive, estão sendo providenciadas a colocação de placas proibitivas na ERS
602 indicando o trajeto que deve ser utilizados pelos caminhões carregados com
a madeira.
OBS:. A obra do
contorno norte da cidade tem um custo elevado e só poderá ser executada com
recursos das outras esferas governamentais. O atual Governo Municipal
protocolou projeto solicitando verbas para a importante obra de mobilidade
urbana, mas ainda não obteve nenhuma resposta.
Uma medida emergencial, mesmo tendo que buscar parcerias ou
recursos extras, seria a ligação da perimetral até a ERS 602, desapropriando
áreas particulares às margens do bairro Silvina Gonçalves. (Reportagem da última edição do jornal MERIDIONAL).
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