Prefeitos da Azonasul dizem que saúde é
área mais prejudicada
Queda
no desenvolvimento da economia e atrasos nos repasses de recursos do Estado e
da União seriam os principais fatores
Prefeitos
da região sul estiveram reunidos na sede da AZONASUL, em Pelotas, para analisar
a crítica situação das prefeituras. A área mais deteriorada dentro das
administrações municipais na região é a da saúde, uma vez que depende de
repasses de recursos do Estado e da União.
Durante a condução dos
trabalhos, o prefeito de Pelotas e presidente da entidade, Eduardo Leite
(PSDB), atribuiu os resultados negativos ao quadro financeiro estrutural
instalado nos últimos anos: quando se observou expressiva queda de receitas,
seja por causa da desaceleração do crescimento da economia, seja pelas
desonerações fiscais que tentaram animar a atividade econômica nos anos de
crise destacando, no entanto, que os gastos obrigatórios das administrações
públicas municipais seguiram em crescimento vegetativo, bem como, as despesas
com o funcionalismo, as quais têm o maior peso no orçamento obrigatório.
“A
única forma encontrada pelos administradores municipais para contornar a
situação é diminuir investimentos, porém, ruas ficam esburacadas ou deixam de
ser asfaltadas, postos de saúde ficam em situação precária e a escola que falta
em determinado bairro deixa de ser construída”, disse Eduardo.
Os prefeitos da
Azonasul também chamaram a atenção para outro dado demonstrado no estudo da
Firjam sobre desigualdades regionais, onde a Zona Sul ainda fica mais
prejudicada por estar distante de regiões industrializadas e apresentar
dificuldade de arrecadação pela inexistência de "base econômica" em
muitos municípios.
A primeira consequência da crise
São Lourenço
adota turno único e corta horas extras
A
crise financeira levou São Lourenço do Sul a adotar turno único. A medida teve
início ontem, dia 1º de julho, das 7h às 13h nas secretarias de Desenvolvimento
Rural e Obras e Urbanismo, e das 8h às14h nas demais secretarias e
coordenadorias. Foi decidido ainda um corte de 100% nas horas extras – a exceção
será o serviço de transporte da secretaria municipal de Saúde.
A
crise financeira dos municípios afeta principalmente a área da saúde, em razão
dos atrasos nos repasses do Governo Estadual. Para manter o atendimento pleno,
os Executivos vêm cobrindo o valor, com a expectativa de retorno do Governo
Estadual, ainda sem previsão.
A
preocupante situação das prefeituras na região tem mobilizado os Chefes dos
Executivos na tentativa de reverter o quadro econômico. Do contrário, medidas drásticas
serão adotadas até para que os prefeitos possam cumprir com a Lei de Responsabilidade
Fiscal e fechar as contas no final do ano.
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