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quinta-feira, 2 de julho de 2015

CRISE NAS PREFEITURAS

Prefeitos da Azonasul dizem que saúde é área mais prejudicada

Queda no desenvolvimento da economia e atrasos nos repasses de recursos do Estado e da União seriam os principais fatores
Prefeitos da região sul estiveram reunidos na sede da AZONASUL, em Pelotas, para analisar a crítica situação das prefeituras. A área mais deteriorada dentro das administrações municipais na região é a da saúde, uma vez que depende de repasses de recursos do Estado e da União.
Durante a condução dos trabalhos, o prefeito de Pelotas e presidente da entidade, Eduardo Leite (PSDB), atribuiu os resultados negativos ao quadro financeiro estrutural instalado nos últimos anos: quando se observou expressiva queda de receitas, seja por causa da desaceleração do crescimento da economia, seja pelas desonerações fiscais que tentaram animar a atividade econômica nos anos de crise destacando, no entanto, que os gastos obrigatórios das administrações públicas municipais seguiram em crescimento vegetativo, bem como, as despesas com o funcionalismo, as quais têm o maior peso no orçamento obrigatório. 
“A única forma encontrada pelos administradores municipais para contornar a situação é diminuir investimentos, porém, ruas ficam esburacadas ou deixam de ser asfaltadas, postos de saúde ficam em situação precária e a escola que falta em determinado bairro deixa de ser construída”, disse Eduardo.
Os prefeitos da Azonasul também chamaram a atenção para outro dado demonstrado no estudo da Firjam sobre desigualdades regionais, onde a Zona Sul ainda fica mais prejudicada por estar distante de regiões industrializadas e apresentar dificuldade de arrecadação pela inexistência de "base econômica" em muitos municípios. 

A primeira consequência da crise
São Lourenço adota turno único e corta horas extras

A crise financeira levou São Lourenço do Sul a adotar turno único. A medida teve início ontem, dia 1º de julho, das 7h às 13h nas secretarias de Desenvolvimento Rural e Obras e Urbanismo, e das 8h às14h nas demais secretarias e coordenadorias. Foi decidido ainda um corte de 100% nas horas extras – a exceção será o serviço de transporte da secretaria municipal de Saúde.
A crise financeira dos municípios afeta principalmente a área da saúde, em razão dos atrasos nos repasses do Governo Estadual. Para manter o atendimento pleno, os Executivos vêm cobrindo o valor, com a expectativa de retorno do Governo Estadual, ainda sem previsão.
A preocupante situação das prefeituras na região tem mobilizado os Chefes dos Executivos na tentativa de reverter o quadro econômico. Do contrário, medidas drásticas serão adotadas até para que os prefeitos possam cumprir com a Lei de Responsabilidade Fiscal e fechar as contas no final do ano.


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