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quinta-feira, 9 de maio de 2013

REPERCUSSÃO


Editorial de Semanário local repercute na comunidade

Jornal Meridional desta quinta-feira compara os primeiros meses do Governo anterior com a atual Administração Municipal, em seu editorial. Acompanhe:

Um refresco na memória

Nas últimas duas semanas os pronunciamentos nos microfones e na tribuna têm sido contundentes, cada qual  “puxando lenha para o seu assado”. São vários temas que incluem as dificuldades e as primeiras ações de governo.
Na pauta: transporte escolar, Dobil, funcionalismo, contratações. Oposição aproveita para fazer as suas cobranças e desestabilizar os primeiros meses – que sempre são os mais difíceis para qualquer nova gestão. Tanto são difíceis que vale a pena lembrar alguns episódios ocorridos há oito anos, quando o governo pedetista (hoje oposição) assumiu seu primeiro mandato.
Em fevereiro de 2005, a câmara de vereadores reuniu-se em sessão extraordinária para votar sete projetos oriundos do executivo entre eles, a contratação emergencial de 141 cargos (professores, motoristas, zeladores, etc.), e uma super reforma administrativa. O vereador Itamar Capenga, defendeu o polêmico projeto da reforma – amplamente criticado pelo Sindicato dos Servidores pela urgência na qual foi votado impedindo melhor avaliação – e ainda deixou bem claro que considerou um absurdo as cobranças do funcionalismo que exigia ações imediatas da prefeitura com apenas 27 dias de governo afinal, “quantos anos faz que não tem aumento e agora já estão cobrando”.  Esta foi a maneira que o recém empossado governo pedetista tratou os funcionários públicos em 2005: trinta pila no vale alimentação e, em contrapartida, a criação de secretarias, departamentos e mais cargos.
No primeiro mês do governo pedetista, o então secretário de Administração Jarbas Scherer deixou o posto, e aos três meses, Farydo Salomão – da saúde – também deixou a pasta. E por falar em saúde, foi nesta época que a prefeitura teve a brilhante ideia de mudar o Pronto Atendimento para a Santa Casa, o que foi repudiado pelos presidentes de Associações de Bairro que, unidos, pediram então que fossem reforçados os atendimentos nos postos.
No carnaval daquele ano, a comunidade que pretendia um camarote para o carnaval precisou ficar até 17horas numa fila e passar a noite em frente à prefeitura.
No dia 4 de abril de 2005, o então prefeito foi à câmara de vereadores falar de seus primeiros cem dias de governo. Declarou que o orçamento foi “prejudicado pela estiagem” e em consequência disso não poderia cumprir suas promessas de campanha, aliás os MIL Ranchos ficariam para o segundo ano de mandato. Mesmo assim, afirmou que apesar das dificuldades era certa a construção da Usina de Asfalto na cidade.
Talvez uma das mais significativas quedas de braço aconteceu também no transporte escolar. Na época (2005) existia em Arroio Grande uma Cooperativa de Estudantes que gerenciava o transporte escolar para Pelotas – a COESAG. O governo municipal assumiu a responsabilidade pelo transporte, EXTINGUIU a cooperativa e passou os valores de R$60,00 para R$150,00 por pessoa, deixando vários estudantes sem recursos impossibilitados de utilizar o serviço.
Oito anos depois, o mesmo governo , imediatamente após ter perdido as eleições, iniciou um processo de DESCONSTRUÇÃO da administração pública. Durante os meses de outubro, novembro e dezembro de 2012, a prefeitura municipal tornou-se terra de ninguém; um grupo – o vencedor – ainda não possuía autoridade para assumir o comando; o outro grupo – o perdedor – tratou de tornar mais difícil a tarefa de começar uma nova gestão, tomando várias atitudes cujas consequências podemos sentir nos dias de hoje: prestação de contas não realizadas, contas em aberto, projetos abandonados, gavetas vazias...
No entanto, depois de algum tempo, tudo vai se encaixando nos seus devidos lugares e a desordem começa a ceder espaço para novos projetos, e passa a vigorar o plano de governo pretendido. Uma lástima é que, enquanto isso não acontece quem sofre, mesmo, de verdade...é a cidade.

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